Arte
Final de semana movimenta a cena cultural em Pelotas
Quem passou pela região central da cidade no sábado, encontrou feiras e oficinas de dança
Foto: Carlos Queiroz - DP - O professor Renan Brião ministrou a oficina de milonga
Por Vitória de Góes
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No sábado (29) à tarde, o som de uma milonga ecoava dentro do Mercado Central de Pelotas e despertava os olhares de curiosos que passavam pelo local. Junto à música, um grupo de jovens dançava. A atividade, promovida pela Associação de Amigos do Sete de Abril (Amasete), foi realizada para celebrar o Dia Internacional da Dança.
Entre 14h até às 17h diversas oficinas de dança foram ministradas por profissionais da área. A partir das 18h, as academias e grupos de dança locais tomaram o espaço com apresentações especiais. Foi uma tarde para trazer movimento à cidade.
A produtora cultural e professora de dança Carol Portela, esteve por trás da organização do evento. Ela explicou que a ideia surgiu do objetivo de trazer ao público o trabalho que é realizado pelas companhias e profissionais independentes, “viemos fazer esse intercâmbio e mostrar para o público essa diversidade de cultura e de linguagens que temos dentro da dança”.
Prova dessa diversidade, é que durante a tarde também houve samba e hip-hop. Emanuel Brizolara ministrou uma oficina de danças jazz-funk, um subgênero do Hip-Hop, para ele o espaço foi importante para trazer à tona novamente o interesse pela arte e pela dança de rua. “De uns anos para cá deu uma adormecida na área, então é muito importante esse momento e justamente nesse dia”, relatou. Da mesma forma, o amigo e também professor de dança, Deivid Viegas, comemorou a oportunidade: “Trazer a nossa dança, que é uma dança periférica e do povo para esse espaço é de extrema importância e contribui para comunidade de uma forma única”.
Para quem se juntou a esse momento de celebração, como Thalia Heres, dançarina no Grupo Pampeanos, a oportunidade foi mais um momento para fazer o que ama. "Dança para mim é tudo! É vida!”, expressou.
Na Praça Cel Pedro Osório, mais arte
Também no sábado,na praça Coronel Pedro Osório, uma feira uniu arte e música durante a tarde ensolarada. O evento “Feirão das Artes” foi realizado por um grupo da turma de Produção Cultural, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). No espaço, em frente ao Theatro Sete de Abril, cerca de 25 bancas mostravam trabalhos de artesanato, produção gráfica, pinturas e diversos outros gêneros.
Uma das organizadoras, Luiza Câmara é estudante de Artes Visuais na UFPel, e contou que o que era para ser um simples trabalho da faculdade, se tornou um evento de sucesso. A inscrição era aberta ao público em geral, cobrava um quilo de alimento não perecível. “A feira ficou maior do que imaginávamos, abrimos inscrições também para apresentações artísticas e nos surpreendemos com o movimento”, disse.
Para expositores como Pedro Augusto Navarro, estudante de Artes, essa foi mais uma oportunidade de apresentar seus trabalhos e dividir experiências. Ele trabalha desde 2020 com ilustrações digitais e levou algumas peças para a feira. “Pra mim que vim de fora, vejo que Pelotas é uma cidade que tem capacidade para comportar muito mais evento cultural do que ela tem hoje, então acho que quanto mais espaços como esse, melhor”, relatou o ilustrador.
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